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Sabem porquê?

A Pedra do Guilhim é um grande rochedo situado um pouco além do promontório da Nazaré. Teria constituído o limite Norte, nos domínios concedidos por D. Afonso Henriques a Guilherme, Guilham ou Guilhim de Licorne ou de La Corni, que recebeu em 1158 o senhorio de Atouguia da Baleia.
Para uma melhor compreensão de quem foi Guilherme de Licorne, aqui fica uma breve resenha histórica do mesmo.
Estamos no alvorecer da Nação Portuguesa. D. Afonso Henriques desce de Norte para Sul, conquistando tudo o que é castelos aos mouros. Já conquistou Leiria, Porto de Mós e Santarém. Óbidos entrega-se sem luta. Falta-lhe agora o castelo mais forte e ambicionado, o da cidade de Lisboa.
D. Afonso Henriques quer ver-se livre dos Mouros, mas uma vez que não dispõe de forças para o fazer, socorre-se de uma armada de Cruzados comandada pelos irmãos gauleses Guilherme e Roberto de Licorne ou Corni com destino à Terra Santa, que atracam na grande baía de Tauria (zona de Peniche) onde se refazem das suas necessidades vitais, para continuarem a sua missão.
No entanto não foi fácil ao nosso primeiro Rei, negociar com os Gauleses a sua participação nessa tão arriscada empresa. Sabendo que os Cruzados estavam em trânsito para a Palestina (Terra Santa), pensa-se o quão difícil foi chegar a acordo a estes se disporem a lutar a menos de um terço da viagem do seu fim em vista… O Rei D. Afonso Henriques, que também não dispunha de meios financeiros para lhes pagar tal auxílio tão valioso, não tem outra hipótese senão doar-lhes as terras de Tauria, ou seja, a zona da actual Atouguia da Baleia, o senhorio do seu importante porto, e do seu frutuoso comércio tendo como limite Norte, a nossa Pedra do Guilhim.
(Com a preciosa ajuda de Mário Bulhões)

1 Comentários:

C@necão disse...

Já viram há quantos anos aturamos os franceses de férias na Nazaré? :P