RSS

Porque votas?

Nas Legislativas ‘09, metade dos Nazarenos fizeram tábua rasa da Constituição da República Portuguesa na parte em que esta dispõe que “votar é um dever cívico”. Pouco menos de metade (40%) voltará a fazê-lo nas próximas eleições autárquicas. Fiz uma sondagem informal pelos meus amigos perguntando apenas se iriam votar ou, caso contrário, porquê, numa tentativa superficial de perceber o abstencionismo. Não tive “sorte”, pois todos vão votar.

Assim, reformulei a “pesquisa” e perguntei simplesmente, “porque votam”? Eis um apanhado de algumas respostas.

Nesta, os meus caros amigos e amigas mostram que estão conscientes do papel que desempenham na sociedade, numa relação de direitos e deveres, que manifestam através do voto: "Voto porque é um dever cívico e porque é o meu contributo para melhorar a sociedade em que estou inserido".

Outros vêm no voto a susceptibilidade de provocar mudanças, rupturas ou mesmo desenvolvimento da sociedade. São os que respondem que votam porque “quero mudança” ou que votam “para sair do marasmo”.

Outros, não sendo abstencionistas, mas não reconhecendo no paradigma político actual a solução para os problemas que o País atravessa, também não renegam o dever cívico que os compele a votar, pelo que votam “para não serem abstencionistas”.

Também há os que tem uma consciência mais alargada e, se quisermos, histórica, do sentido de voto. Estes respondem que votam “porque foi uma conquista de Abril e nem que seja em branco, voto sempre”; outros, com a tónica do dever, acrescentam que têm “pena que as pessoas não o façam e depois acham-se no direito de criticar e, principalmente, porque para muitas gerações é um direito adquirido, que não custou nada. Se tivessem vivido no tempo da ditadura em que não havia liberdade dariam certamente o real valor ao facto de contribuírem para a mudança, para um bem maior apenas com uma cruz num papel”; outros dizem, acrescentando, não sem um certo fervor patriótico, que o voto foi "um direito que me foi dado por todos aqueles que pelo seu sangue lutaram para que houvesse democracia em Portugal!”

Revejo-me nestas últimas declarações pois abarcam de uma forma mais abrangente o significado do voto. É que, para além de ser um DEVER CÍVICO, como todos referem, é acima de tudo um DIREITO CONSTITUCIONAL pessoal e inalienável! Direito esse que muitos povos ainda nem sonham ter. Nem vão ter na nossa geração.

4 Comentários:

Anónimo disse...

O universo desta sondagem deixa algumas duvidas... mas... as sondagens são todas duvidosas, por isso vamos esperar pelos resultados

C@necão disse...

Esse comentário faria sentido, na parte em que te referes aos resultados, se eu tivesse perguntado à malta qual o sentido de voto que, como sabes e como todos sabem, nunca perguntei a ninguém e até acho uma falta de respeito e consideração perguntar. Xoné! :P

Anónimo disse...

Registo com tristeza que o vencedor de tao importante sufragio tenha sido, ninguem !!!
Graças á luta dos herois sem rosto, que personificaram a revolução que nos deu entre outros este direito supremo. O poder de escolher. Do qual fazemos tabua raza, sem nunca nos lembrar-mos que para alem de um dever é tambem uma forma de agradecimento ao legado desses conquistadores da liberdade.
Aqui na selva o voto é uma novidade, a democracia ainda uma miragem. No ultimo acto eleitoral a afluencia foi tanta que se prolongou por 3 dias. Ainda assim houve lagrimas sentidas dos que não conseguiram colocar o tão desejado voto na urna.
São pontos de vista !!!

Ass: Vista da Selva

Anónimo disse...

É Sitêre mete aí umas bitches no tê blogue!
Mas quem é que quer saber de "tábuas rasas"? Isto quer é gajas pessantes!

Ass: Kacimba