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O Natal é quando um homem quiser…

Passamos dias, semanas, até mesmo meses sem trocarmos uma palavra, sem bebermos um copo.

Natal.

Toda a gente cumprimenta toda a gente. Toda a gente se lembra de toda a gente.
Pegamos no telemóvel ou no email e toca a enviar sms’s mais ou menos originais para todos os que achamos merecedores do custo da mensagem. Por vezes, até mandamos para quem não gostamos mas sabemos que o temos de fazer. Hipócrita convivência social. Como também tende a ser o Natal. Uma oportunidade de negócio com efeitos de multiplicador económico olvidando o seu original sentido.

Que eu hipocritamente celebro. Monto a árvore, com as prendinhas na base e meto uma coisa qualquer pregada na porta. Sem dar por ela, dou por mim alegre e ansioso pelo dia 24 de Dezembro que celebro na intimidade do meu lar. Faço tábua rasa de ser um feriado cristão celebrado (e com direito a semi ponte e feriado) num país supostamente laico. Esta incoerência tem correspondência positiva na cara dos meus sobrinhos quando abrem as prendas e vêm os jogos ou bonecas que desejavam...

Deveríamos experimentá-lo mais vezes e não esperar pelo Natal para mostramos o quanto determinadas pessoas significam para nós. Afinal, como diz o artista, o Natal é quando um homem quiser!

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