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Kizomarcha & Marcha Arranchada

Hoje damos duas "aulas" de seguida porque o tempo e a disponibilidade, ou seja, a paciência, estão a esgotar-se. Só tenho de decorar 21 novas marchas para este sábado num total de umas 27, 28 novas marchas para o Carnaval 2010. Tenho os ouvidos em sangue. Quem disse que isto era fácil?!

A Kizomarcha surge como uma afirmação pessoal de rebeldia de Nuno Abelha, que está a tocar no carnaval de Peniche – que por lá fique muitos anos, concorrência oblige ;) - contra o sistema (mas ele é Benfiquista, não se assustem) preconizado e em vigor há pelo menos trinta anos pelo mestre P. J. Laborinho, numa primeira fase, e depois por querer inovar e puxar a marcha para fora das restritas amarras a que nos habituámos ouvir. Fazer umas 30 marchas por ano, às vezes de empreitada, também deve ter ajudado… Basicamente é uma fusão entre marcha e kizomba. Quando abusa, podemos considerar a kizomarcha como prima afastada da marcha sádica...
Num patamar diferente, mas não necessariamente melhor, temos a
Marcha-Rancho que é inspirada, aspirada e gritada cantada por 3 ou 4 estridentes vozes femininas. “Que poderosas gargantas!”, dizem os familiares e amigas das cantoras… “Que martírio!”, dizem todos os que, sem querer, ouvem a marcha. É daquele tipo de marcha que só se consegue ouvir se o estado de alcoolemia for elevadíssimo. Daí que eu já tenha visto pessoal a correr de imediato para o bar quando se apercebem que os componentes dos ranchos estão no hall de entrada da sala de baile.
A marcha arranchada é prima direita da marcha sádica.

2 Comentários:

Anónimo disse...

Permite-me acrescentar uma subcategoria: "A Marcha Placebo".

Abraço

C@necão disse...

LOL, boa Carlos!
Como devem calcular, ao longo deste pseudo-curso fui inundado de sugestões para categorias de marchas. Todos os anos somos surpreendidos com novas estirpes marchenses!