“Como tudo isto é belo, sublime e encantador!”- palavras de um veraneante inglês que veio passar férias à Nazaré.
Quem da primeira vez avista a Nazaré, fica surpreendido e maravilhado perante o soberbo quadro que se vislumbra a seus olhos, observando uma paisagem idílica, como que saída de um postal ou de um quadro.
A instalação de um ascensor mecânico era vista como uma grande inovação e uma visão futurista para esta pequena vila piscatória, que começava a dar os primeiros passos no comércio turístico.
A 15 de Outubro de 1888, formou-se uma parceria, sediada em Lisboa, que tinha como objectivo a construção de um ascensor na Nazaré, composta por Tavares Crespo; Francisco Morais; Joaquim Carneiro D`Alcáçovas de Sousa Chicharro; José Eduardo Ferreira Pinheiro; Barão de Kessler e Raul Mesnier de Ponsard, autor e colaborador de diversos projectos de elevadores portugueses, como o de Santa Justa, em Lisboa.
O ascensor da Nazaré é considerado como uma das maiores iniciativas da história da Nazaré. O seu funcionamento trouxe a esta pequena povoação uma maior dinâmica, aproximando as povoações da Praia e do Sítio, contribuindo para a sua unificação, tornando-se num elemento unificador da memória colectiva.
O ascensor era, inicialmente, movido a vapor por uma máquina colocada no Sítio e assente em rocha viva nas penedias do alto promontório, onde se abria um túnel de 50 metros, em rampa, a partir da gare superior prolongando-se a linha em direcção à praia, até ao Largo das Caldeiras, numa extensão de 318 metros. A parte inferior foi protegida por dois paredões laterais, para evitar a invasão das areias. O maquinismo, idêntico ao que se havia instalado na calçada do Lavra, veio da Alemanha, da fábrica Esslingen-Machinen.
A 28 de Julho de 1889, procedeu-se à inauguração do Ascensor, ao som de música e foguetes, com a presença do Ministro das Obras Públicas e Fazenda, e com cobertura jornalística da imprensa local, regional e da capital. Em homenagem à protectora da vila, a máquina foi benzida e denominada “Nossa Senhora da Nazaré”.
A 1 de Outubro de 1924, a Real Casa, hoje designada Confraria da Nossa Senhora da Nazaré, comprou o Ascensor, com o intuito de o explorar durante todo o ano. Por um lado, procurava-se a angariação de meios para a manutenção do Hospital de Nossa Senhora da Nazaré e, por outro, facilitar o acesso dos fiéis ao Santuário.
A 19 de Dezembro de 1932, a Câmara Municipal da Nazaré adquire o ascensor, pelo montante de 398.013$00, mantendo-se, hoje, como sua proprietária.
Com o decorrer dos anos, o Ascensor foi sofrendo diversas alterações, como arranjos das gares, colocação de sinais sonoros, entre outros.
A 1 de Abril de 1968, é inaugurado um outro Ascensor, com novas e melhores condições e características. Era composto por um sistema de tracção, com transmissão e accionamento eléctrico, provido de sistema de travagem de três tipos: automático, de pressão electro-hidráulica e manual.
Em 2002, o Ascensor da Nazaré beneficia de um complexo processo de modernização, que incluiu a substituição das velhas carruagens por um equipamento mais moderno e confortável; a recuperação da linha e chassis da estrutura; a beneficiação arquitectónica e funcional das gares. Tratou-se de um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros e que teve como principal objectivo, não apenas a modernização do equipamento, o reforço da segurança. Com esta intervenção, o Ascensor da Nazaré ficou dotado de condições que permitem o seu funcionamento à luz das apertadas directivas comunitárias relativas a meios de transporte por cabo.
No dia 28 de Julho, esta relíquia patrimonial celebra 120 anos de existência. É, sem dúvida, motivo de orgulho para todos os nazarenos que têm um monumento digno de referência para a comunidade e o país.
O Ascensor mantém a sua função, mesmo após 120 anos, transportando quotidianamente a população local e maravilhando milhares de turistas que são presenteados com a viagem única neste ex-libris nacional.
Quem da primeira vez avista a Nazaré, fica surpreendido e maravilhado perante o soberbo quadro que se vislumbra a seus olhos, observando uma paisagem idílica, como que saída de um postal ou de um quadro.
A instalação de um ascensor mecânico era vista como uma grande inovação e uma visão futurista para esta pequena vila piscatória, que começava a dar os primeiros passos no comércio turístico.
A 15 de Outubro de 1888, formou-se uma parceria, sediada em Lisboa, que tinha como objectivo a construção de um ascensor na Nazaré, composta por Tavares Crespo; Francisco Morais; Joaquim Carneiro D`Alcáçovas de Sousa Chicharro; José Eduardo Ferreira Pinheiro; Barão de Kessler e Raul Mesnier de Ponsard, autor e colaborador de diversos projectos de elevadores portugueses, como o de Santa Justa, em Lisboa.
O ascensor da Nazaré é considerado como uma das maiores iniciativas da história da Nazaré. O seu funcionamento trouxe a esta pequena povoação uma maior dinâmica, aproximando as povoações da Praia e do Sítio, contribuindo para a sua unificação, tornando-se num elemento unificador da memória colectiva.
O ascensor era, inicialmente, movido a vapor por uma máquina colocada no Sítio e assente em rocha viva nas penedias do alto promontório, onde se abria um túnel de 50 metros, em rampa, a partir da gare superior prolongando-se a linha em direcção à praia, até ao Largo das Caldeiras, numa extensão de 318 metros. A parte inferior foi protegida por dois paredões laterais, para evitar a invasão das areias. O maquinismo, idêntico ao que se havia instalado na calçada do Lavra, veio da Alemanha, da fábrica Esslingen-Machinen.
A 28 de Julho de 1889, procedeu-se à inauguração do Ascensor, ao som de música e foguetes, com a presença do Ministro das Obras Públicas e Fazenda, e com cobertura jornalística da imprensa local, regional e da capital. Em homenagem à protectora da vila, a máquina foi benzida e denominada “Nossa Senhora da Nazaré”.
A 1 de Outubro de 1924, a Real Casa, hoje designada Confraria da Nossa Senhora da Nazaré, comprou o Ascensor, com o intuito de o explorar durante todo o ano. Por um lado, procurava-se a angariação de meios para a manutenção do Hospital de Nossa Senhora da Nazaré e, por outro, facilitar o acesso dos fiéis ao Santuário.
A 19 de Dezembro de 1932, a Câmara Municipal da Nazaré adquire o ascensor, pelo montante de 398.013$00, mantendo-se, hoje, como sua proprietária.
Com o decorrer dos anos, o Ascensor foi sofrendo diversas alterações, como arranjos das gares, colocação de sinais sonoros, entre outros.
A 1 de Abril de 1968, é inaugurado um outro Ascensor, com novas e melhores condições e características. Era composto por um sistema de tracção, com transmissão e accionamento eléctrico, provido de sistema de travagem de três tipos: automático, de pressão electro-hidráulica e manual.
Em 2002, o Ascensor da Nazaré beneficia de um complexo processo de modernização, que incluiu a substituição das velhas carruagens por um equipamento mais moderno e confortável; a recuperação da linha e chassis da estrutura; a beneficiação arquitectónica e funcional das gares. Tratou-se de um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros e que teve como principal objectivo, não apenas a modernização do equipamento, o reforço da segurança. Com esta intervenção, o Ascensor da Nazaré ficou dotado de condições que permitem o seu funcionamento à luz das apertadas directivas comunitárias relativas a meios de transporte por cabo.
No dia 28 de Julho, esta relíquia patrimonial celebra 120 anos de existência. É, sem dúvida, motivo de orgulho para todos os nazarenos que têm um monumento digno de referência para a comunidade e o país.
O Ascensor mantém a sua função, mesmo após 120 anos, transportando quotidianamente a população local e maravilhando milhares de turistas que são presenteados com a viagem única neste ex-libris nacional.
Flyer de Ana Borges e Texto de Ana Hilário, Técnicas Superiores da CMN de Design e História, respectivamente.
Não deixem de visitar a exposição que está montada nas Gares do Ascensor da Nazaré. Vale bem a pena a visita.
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