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Labradores puros...

... de um proprietário leiriense, de confiança, e a preço de amigo! Contactem-me por mail ou telemóvel que hoje à noite já saberei o preço dos cachorrinhos. Uma foto:


Assunto off-topic: Já repararam que, chegados à segunda-feira logo a seguir ao carnaval, ninguém quer saber de cd's que saltam ou da marcha concorrente que é melhor ou não que a vencedora, que os reis de carnaval deveriam ser beltrano e jorge e não fulano e sicrano, vocalistas que cantam bem e outros que já não deviam cantar, banda A melhor que a banda B, cégada que foi uma maravilha e outra que foi uma seca, "as vaidosas que íam no rancho" versus as "invejosas que não levantam o rabo da cadeira e só libertam a língua para falar mal das que dançam", dos grupos desavindos com as direcções das salas, com os bailes todos a acabarem mais cedo do que o normal (sim, crianças, o Planalto e a Pederneira também existem) contra (ainda não percebi esta mas enfim) o Mar-Alto. Enfim, é sempre a mesma coisa. Para o ano e para os seguintes, mais do mesmo: dor de cotovelo e inveja na Nazaré é quem mais ordena. Já dizia não sei quem, mas foi ele que disse, mais coisa menos coisa, "há dois tipos de pessoas, os que vão à frente a fazer alguma coisa, e outros que vão atrás a criticar..." São os maiores. A todos, obrigado por me fazerem rir.
P.S.:Para o ano irei fazer carnaval nas Berlengas. Acho que aquilo está a passar uma má fase (concorrência apertada dos Farilhões) e estão a precisar de músicos que gostam mesmo de tocar.
P.S.1: A música ao vivo hoje é nos Filipes Bar, no Terreiro, Leiria. Vai saber tão bem poder tocar Supertramp e afins depois de tanto marchedo!

Days III, IV e V

A segunda-feira é o meu dia preferido. A malta aparece toda, vem bem disposta e "motivada" para "colaborar" com a(s) banda(s). A noite, foi mais do mesmo: bom ambiente até determinada hora (desta feita, uma hora mais tarde).
Depois fui para o Mar-Alto que, claro, àquela hora reunia os foliões próprios do Mar-Alto, do Planalto, da Pederneira, do Casino... e dos bares...
Saí de lá directo para o after hours do Parlapié até às 11 da matina... sem caldo verde, pão e enchidos! Fui bem enrolado! Mas esteve-se bem.
Na terça-feira, ressaca...
Na quarta, mais uma vez realizou-se o (cada vez melhor) jantar dos músicos que fizeram o Carnaval. Quero frisar que convidei os músicos das salas e dos bares. Convidei os "Banda Larga" através do Júlio Estrelinha (mail), a "Banda Relante", através de Américo Barreira, os "Só Marchas", através do Nélson Brilhante e a banda do "Bla Bla" através do Fabinho. Por um motivo que nos é desconhecido, as referidas bandas não se fizeram representar no jantar.
Depois do jantar, entrei ao serviço no Baile de Cinzas no Casino para de seguida ouvirmos umas deixas cada vez mais insonsas, vazias e sem piada nenhuma... O Casino, que tantos gostam de falar, ainda assim era a única sala a trabalhar à quarta-feira...
Como estava no camarim, não me apercebi se disseram bem ou mal, mas disseram-me (sem que eu tivesse perguntado) que não disseram mal... E eu ralado. As duas bandas que estiveram a trabalhar no Casino foram de uma dedicação e profissionalismo exemplar. Fizémos um bom trabalho e é isso que nos interessa. Tudo o resto são politiquices de merda, que não tem outro nome, que ultrapassam em toda a linha as funções e atribuições dos grandes músicos que estiveram a tocar este ano (e no outro!) no Casino.
Acabei o Carnaval no Nbar com a banda do Paulo Norte com  Mário João como artista convidado... a tocar marchas! Fomos para lá para ouvir música, numa de fazer reset ao marchedo e acabamos "enredados" na marcharia... ironias...
Foi um bom Carnaval.

Day II

Como diz o meu amigo João Rocha, as as opiniões são como... bem, perguntem-lhe... e cada um dá a sua...
Assim sendo, o segundo dia do baile do Casino foi igual ao do Sábado mas com uma hora e meia a mais... Já se notou mais pessoal, mais cor e alegria. 
Amanhã publicarei fotos para exemplificar a minha opinião...
Já agora, se quiserem mandar-me fotos das vossas salas para o meu blogue, chutem que eu publico! Afinal, eu sou do Planalto, Casino, Mar-Alto e Pederneira... Sou um folião da Nazaré.

Carnaval - Day One

De uma forma completamente imparcial digo-vos que o Baile do Casino foi o melhor da noite de sábado... das 23h às 3h... Cheio de cachenés, saias de roda e de barretes enfiados, a sala estava cheia e com um bom ambiente. Melhor que o ano passado.
Depois, mais uma vez, berrou chegando às 4 da matina sem ninguém na sala de baile... Ai bandas infernais!

Marchas em Condições!

Se conseguiste ler tudo isto até ao fim, tenho de te dar os parabéns!
Dou-te os parabéns, mas com alguma preocupação com o teu estado mental: é que és um(a) fanático(a) marchense e querias ver se eu dizia mal das marchas da treta que infernizam-te a vida quando sintonizas a Rádio Nazaré ou quando ouves o CD de marchas que encomendaste para o Canadá, Burkina Faso ou mesmo até para o Tirol! Mas ainda não perdi o juízo todo!

Acabamos o nosso curso com a última lição, que são as Marchas em Condições!
E o que são Marchas em Condições? São TODAS ora essa! O Carnaval da Nazaré sem Marchas é como o Carnaval do Rio de Janeiro sem Samba!
O que a gente quer é festa, roupas novas e enganos em fat' de trêne! Faz parte do nosso código genético e, admitam ou não, estão o ano todo à espera do Carnaval... Porque como diz o maior letrista da Nazaré, "o que a gente quer é Marchas, isto é só marchas que a gente quer!" O que me chateia mesmo é a obrigação profissional de tocar marchas sádicas e estar a ver que as pessoas não estão a gostar de as dançar! Juro que pagava para não as tocar. E sou forreta!

Este desejo de marchas reflecte-se nas salas de baile e interessa a toda a gente?
Estive nos bailes de máscaras do Planalto, do Mar-Alto e, claro, do Casino.
Pelo que me foi dado a observar, o gosto e a exigência do público parece ter mudado ou está em vias de mudar…
Não há muitos anos, as séries musicais começavam com uma bossa ou um samba para depois acelerar o ritmo com um samba reaggae ou um axê seguido de um merengue ou dois até chegares ao clímax com as melhores marchas. Ouvia-se muita música brasileira, da “boa”, como Alcione, Elba Ramalho, Chico Buarque, Caetano, Bethânia, Jobim, Daniela Mercury… Só depois vieram os pimbas brasileiros como Netinho, Banda Eva, Cheiro de Amor, um maná para escolheremos repertório… Agora só temos a Cláudia Leite a mostrar as pernas, forró e música sertaneja…
Agora parece que só querem “dançar” marchas e… mais marchas. Fiquei com a ideia de que se tocarmos marchas uma noite inteira ninguém se rala! Eis uma ideia para as salas pouparem na banda: despedir o baterista e o baixista porque se é só para tocarem marchas, nenhum dos dois faz falta! É claro que nem toda a gente deseja isto pois querem dançar o “Roberto Carlos” ou o “Marco Paulo” da ordem… mas não te estiques pois começam logo a esbracejar para o palco a pedir… sim, marchas!

Por outro lado, já repararam nas novas espécies de “marchas” que estão a surgir? São cada vez mais as experiências com vários géneros musicais e estamos a fugir a uma velocidade vertiginosa do formato de marchas que já vem resistindo há muitos anos.
É natural que assim seja e que as influências musicais contemporâneas acabem por moldar as novas “marchas” de carnaval. Crescem a ouvir hip hop, house e drum n’bass como poderiam fazer marchas como “É Entrudo!”, “É de ceda!”, ou “Mil Carnavais”? É claro que tem de sair coisas como “Ui, ka ganda pêxe” e outros produtos similares. Goste-se ou não, é esta a nova realidade.

Para os músicos que tocam no carnaval da Nazaré resta-nos acompanhar a realidade e tocar… MARCHAS! Na dúvida, tocamos outra marcha, pois “se queres dançar à pinguim”, vai para a danceteria!

Um Bom Carnaval para todos, em especial, para os meus colegas músicos das salas, bares, discotecas e danceterias. Encontramo-nos no jantar de quarta-feira no local do costume, à hora do costume.

Excelente notícia!

Serviço especial de transporte de passageiros durante o Carnaval

"Os Serviços Municipalizados da Nazaré vão assegurar, durante o período de Carnaval, um serviço especial nocturno de transporte de passageiros.
Nas madrugadas de domingo a quarta-feira (14 a 17), os autocarros urbanos circularão entre a 1h e as 7h da manhã, de 30 em 30 minutos. A carreira tem início na Praça Dr. Manuel de Arriaga e passará pela Pederneira, Rio Novo, Nova Nazaré, Calhau, Sítio, com retorno ao centro da vila.
Ao proporcionar este serviço especial, pretendem os Serviços Municipalizados da Nazaré incentivar o uso do transporte colectivo, em detrimento do veículo privado, e, assim, proporcionar uma segurança acrescida aos foliões durante o período carnavalesco. "
Ao mesmo tempo descongestionam a porta da PSP em noite de operação STOP, acrescento eu!

Vou pó S. Brás, pó Nbar, pó Casine e pá Praça!

Hoje mesme, à tard, vo pó S. Brás cú mê gaje, o Francisc Tavêra. Aparece, mas na te metas cú megafone à nha frente porque eu ande tontinhe da cabéca...
Na sexta-feira, vô com os BeCarna para o Nbar. Mais um balhe ca nha presença, a do Nené, a do Jaka e a do Bigodes. Se n'apareceres, és xoné!
No sábade, Grandiose Balhe de Máscras do Casine Salão de Festas com "Ú Jazz d'Inguelhim" e vames tecar muitas marchas pa vócês! Aparece, nem que seja pa dezer mal da gente! Como a gente na ouve, na fá mal!
No demingue, se na tiverem bebide muite e a cabecla estiver boa, passem na praça das'planadas para m'óvirem ou verem ótra vez se ainda na tiverem fartes de mim. Sô eu e o Néne.
Inté jazz.

Kizomarcha & Marcha Arranchada

Hoje damos duas "aulas" de seguida porque o tempo e a disponibilidade, ou seja, a paciência, estão a esgotar-se. Só tenho de decorar 21 novas marchas para este sábado num total de umas 27, 28 novas marchas para o Carnaval 2010. Tenho os ouvidos em sangue. Quem disse que isto era fácil?!

A Kizomarcha surge como uma afirmação pessoal de rebeldia de Nuno Abelha, que está a tocar no carnaval de Peniche – que por lá fique muitos anos, concorrência oblige ;) - contra o sistema (mas ele é Benfiquista, não se assustem) preconizado e em vigor há pelo menos trinta anos pelo mestre P. J. Laborinho, numa primeira fase, e depois por querer inovar e puxar a marcha para fora das restritas amarras a que nos habituámos ouvir. Fazer umas 30 marchas por ano, às vezes de empreitada, também deve ter ajudado… Basicamente é uma fusão entre marcha e kizomba. Quando abusa, podemos considerar a kizomarcha como prima afastada da marcha sádica...
Num patamar diferente, mas não necessariamente melhor, temos a
Marcha-Rancho que é inspirada, aspirada e gritada cantada por 3 ou 4 estridentes vozes femininas. “Que poderosas gargantas!”, dizem os familiares e amigas das cantoras… “Que martírio!”, dizem todos os que, sem querer, ouvem a marcha. É daquele tipo de marcha que só se consegue ouvir se o estado de alcoolemia for elevadíssimo. Daí que eu já tenha visto pessoal a correr de imediato para o bar quando se apercebem que os componentes dos ranchos estão no hall de entrada da sala de baile.
A marcha arranchada é prima direita da marcha sádica.

IV - A Marcha-Plágio*

Porque a imaginação não se encontra à venda em lado nenhum (tal como o juízo) temos também a marcha-plágio.
Este ano em especial deu-se o  boom, da marcha plágio, denotanto não alguma fraca qualidade, mas um factor tipicamente nazareno... a imitação! Seguir a moda é apanágio da terra e parece-me que aqui é mais isso que propriamente falta de inspiração, tendo nós musicalmente varios bons executantes...
O conceito é simples: pega-se numa melodia de uma canção pimba, troca-se a letra por meia dúzia de lugares comuns e já está. Marco Paulo, Carlos Paião, José Malhoa, entre outros, já foram vítimas deste ataque impiedoso às suas obras musicais. Tony Formiga (és o maior!) ainda não foi plagiado o que para mim é uma tremenda injustiça.
Mas nem tudo é mau. Salvo raras exepções o milagre acontece e a versão plagiada fica melhor que a original perdurando no ouvido não deixando ninguém indiferente. Exemplo disso são "Os Talcanas"  que são precursores deste estilo de composição e que, desde 2006 com a famosa "Vida é Bela" tem conseguido esse feito de com uma letra divertida, bem encaixada na música e produzir um plágio digno de ser ouvido. Esperemos que não nos desiludam este ano...
O que foi o caso das Bastionas no ano passado com uma letra horrível, a par da de este ano já agora. Lembro o refrão do ano passado: "Quem é a gostosona aqui...". Por acaso, estava no café quando saíu a marcha e ouvi uma senhora da praia a comentar com outra quando ouviam na rádio a referida marcha: " á melheres, que marcha é esta?! Quem é que estaciona , aqui?! ... que horror...."
Na maior parte das vezes, os autores das marchas-plágio conseguem fazer aquilo que os verdadeiros autores nunca conseguiram fazer por moto próprio: é que depois de ouvirmos 3 ou 4 vezes as marchas-plágio ficamos a adorar as músicas originais… Ele há coisas…

* em co-autoria plagiada com Tacoa 2010

III - Marcha-Canção ou Fado-Marcha

Escolhidos os melhores letristas e os melhores vocalistas nazarenos (na opinião de quem os escolhe, claro está), lá se juntam todos numa fogueira festa e assam gravam um lombo CD duplo com marchas para mais tarde recordar. São marchas tipicamente "mestre P.J. Laborinho", com uma introdução, duas estrofes e um refrão, este repetido e cantado com força para dar mais ênfase, e já está, saiem 20 ou mais bitoques marchas para consumo ou para mostrar aos netos ou para ficar esquecido numa gaveta, o que vier primeiro...
Como não são marchas de grupos, de ranchos, de cégadas ou de qualquer outra brincadeira, raramente são conhecidas (a não ser pelo masoquista comprador que gasta dinheiro para comprar um CD duplo de marchas – eu prefiro gastar o dinheiro num bom jantar ou uma lancharada com os amigos, mas isso são gostos, claro está! A não ser que, como diz o meu amigo José Luís Faísca (bi-campeão do concurso da Marcha Geral) tenham os “gostos estragados”, conceito também idealizado pelo caríssimo amigo. Mas os cantores e autores das canções ficam todos contentes, orgulhosos e auto-parabenizam-se pela magnífica obra que realizaram. Por vezes, ficam chocados quando não são nomeados para os Guilhins de Cristal. E com razão, ora essa!